12 de jun. de 2013

Dia dos Namorados

Para os eternos namorados,vai a homenagem da UATI/USC


Casais da UATI fazem sucesso na mídia no dia dos namorados

1ª reportagem: Angélica Della Coletta e Glaubério Pereira
 Seus amigos no G1
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Depois dos 50, casal se conhece na faculdade e investe no namoro

Recém-namorados fazem cursos da Faculdade da 3ª Idade em Bauru.
Eles afirmam que essa é melhor fase para se dedicar um ao outro.

Do G1 Bauru e Marília
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Maria Angélica Della Coletta eGlaubério Pereira se conhecer na faculdade (Foto: Ana Carolina Levorato/G1)Angélica Della Coletta e Glaubério Pereira se conheceram na faculdade (Foto: Ana Carolina Levorato/G1)
O “casal 20” tem mais de 50 anos e faz sucesso por onde passa na faculdade. Com pouco mais de dois meses de namoro, os aposentados de Bauru (SP) Glaubério Alves Pereira, de 63 anos e Maria Angélica Della Coletta, de 58 anos, encontraram na Universidade Aberta à Terceira Idade (Uati) da Universidade do Sagrado Coração (USC) uma forma de driblar a solidão e reascender a esperança de encontrar um amor quando tudo indicava que o tempo já havia passado.
Aposentados desde 2010, o destino uniu o casal quando ambos resolveram se inscrever nas atividades destinadas para a terceira idade em março deste ano. Para Glaubério, que trabalhou a vida inteira como advogado em empresas, procurar novas ocupações foi uma maneira de vencer uma possível depressão. “Você trabalha a sua vida toda e quando a gente para tem um momento em que precisa voltar a fazer a alguma coisa. Se você não fizer nada, estará fadado à frustração e eu quase entrei em um processo de depressão”, conta a aposentado que foi casado por 23 anos, é pai de três filhos, com dois netos.
Esta é a melhor época para namorar porque o compromisso que temos é com a gente"
Maria Angélica
Maria Angélica também procurou a universidade para ter uma ocupação após a aposentadoria. Mãe de duas filhas e divorciada há seis anos, a professora de ensino fundamental conta que a solidão é um dos sentimentos mais difíceis que existem. “É muito difícil não ter com quem conversar. Chegava a ler dois livros por semana de tão sozinha que ficava”, lembra.
E no cenário da faculdade, tão comum para encontros de jovens com hormônios em constante efervescência, Maria Angélica e Glaubério criaram um círculo de amizades de alunos da Uati e se dividiam entre as aulas de informática, espanhol, inglês e crescimento pessoal, onde como em uma terapia de grupo, os amigos começaram a perceber que as afinidades cresciam a cada dia.“Nossa primeira aula juntos foi de informática. Eu estava sentado na cadeira da frente e percebi que ela começou a sentir dificuldades em algumas partes. Nós começamos a nos ajudar e conversar. Depois eu a convidei para uma aula que eu tinha gostado muito. Foi o início", relembra o aposentado. 
Dia 'D' do namoro aconteceu em um baile (Foto: Arquivo pessoal)Dia 'D' do namoro aconteceu em um baile realizado
pela universidade  (Foto: Arquivo pessoal)
A cantada
Quem acredita que namoro na terceira idade não tem sedução, se engana. Segundo Glaubério, uma “cantada em grande estilo” acabou a linha tênue de afinidade e amizade para transformá-la no início do namoro. Em uma das aulas, Maria Angélica não compareceu e enviou um e-mail perguntando sobre o conteúdo de informática que havia perdido para Glaubério. A resposta foi rápida e direta. “Quando ela me mandou o e-mail respondi na hora: ‘Se eu tivesse seu telefone, teria te avisado’. Depois disso, ela passou o número e ficamos horas conversando. Até combinamos uma operadora para ficar ainda mais fácil”, ressalta o aposentado.
Depois de conseguir o número de telefone, em um sábado a noite, os dois estavam sozinhos, cada um em um apartamento, quando após horas de ligação e muita conversa, Glaubério fez uma surpresa para Maria Angélica. “Além de tudo, nós temos uma afinidade muito grande com música. Ainda no telefone, depois de uma meia hora de conversa, disse à ela que tenho um carinho muito especial por piano e violão. Foi quando me sentei ao piano e toquei uma música para ela”. Ao ser questionada sobre qual música era, com um sorriso enorme no rosto, a aposentada respondeu: “Como é grande meu amor por você, de Roberto Carlos. Em pleno sábado a noite!”.
“No dia seguinte, ela me chamou para ir na missa no domingo de manhã e eu fui. Tinha que ir né, já tinha começado a caminhada mesmo”, se diverte o aposentado. “Depois disso fomos almoçar e continuamos assim até hoje, nos dividimos entre a faculdade e passar um tempo juntos, sempre juntos”, conta Glaubério.
No entanto, o dia “D” para o início do namoro aconteceu em um baile programado pela universidade em abril. “Ela me convidou para o baile e tudo começou lá. Nós nos apegamos e não nos largamos mais”, conta Glaubério. “Depois disso a gente já foi viajar juntos para Camboriú (SP) pela universidade e quando voltamos, fomos para a praia. O que nos une é muita afinidade. Temos muito em comum. Somos um casal ‘passeador, dançador’ e namorador’. É o melhor momento da vida”, conta Maria Angélica.
'Hoje, a solidão se transformou em saudade' (Foto: Ana Carolina Levorato/G1)Casal divide o tempo entre a faculdade e momentos
de lazer, sempre juntos (Foto: Ana C. Levorato/G1)
Maturidade para vencer a solidão
Recém-namorados, o casal está junto há pouco mais de dois meses e conta que a diferença do início de relacionamento entre quando se tem 20 anos e mais de 50 é baseada nas experiências. “Sabemos que nessa altura da vida não vamos conseguir mudar o jeito um do outro. Sabemos também das mágoas e decepções que já passamos. Somos de uma geração diferente sim, não tem como negar, então a experiência nos faz um casal mais maduro também nas atitudes”, diz Glaubério.
“A maturidade faz a gente enxergar as coisas de outras maneiras. Temos mais jeitos de falar um com o outro. A gente percebe que o diálogo é a melhor solução e que simples egoísmos não levam a nada”, completa Angélica.
Entre as afinidades, um sentimento que o casal não quer encontrar novamente é o da solidão. “A solidão machuca demais. Nós moramos cada um em uma casa e hoje nos não falamos mais disso porque a gente sabe que não estamos mais sozinhos. Não tínhamos com quem compartilhar a vida ou conversar para contar como foi o dia. Hoje a solidão se transformou sem saudade”, conta a aposentada.
Além do sentimento mútuo, o casal também conta com o apoio da família e dos amigos. Uma das filhas de Angélica mora no México e já conheceu o novo namorado da mãe pela internet. “Esta é a melhor época para namorar porque o compromisso que temos é com a gente. Nós chegamos em um momento em que dispõe que tem liberdade de viajar, fazer o que a gente gosta, dançar, já fomos em vários bailes, ficar com os amigos, ou seja, temos liberdade plena. O que eles querem é que a gente seja feliz”, completa.
Dia dos namorados
Nesta quarta-feira (12), a comemoração será ainda mais especial. Além de ser a primeiro Dia dos Namorados que passa juntos, Glaubério diz que a data será em grande estilo, mas a programação é segredo absoluto. “Nós não estaremos aqui em Bauru. Vamos para São Paulo e o presente que comprei foi com a ajuda da filha dela. É isso que posso dizer”, conta o aposentado que depois vai pegar as malas e partir com Angélica para Maceió (AL).
Além do sentimento mútuo, o casal também conta com o apoio da família e dos amigos (Foto: Ana Carolina Levorato/G1)O casal também conta com o apoio da família e dos amigos (Foto: Ana Carolina Levorato/G1)

http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2013/06/depois-dos-50-casal-se-conhece-na-faculdade-e-investe-no-namoro.html


2ª reportagem: Os alunas da UATI Benedito Ferrão e sua esposa Nilza falam para o programa Fala Cidade do dia dos namorados  - "Casais que acreditam no amor"

Casal no Fashion Day 2013


Casal no encontro da Melhor Idade em Camburiu no dia em que ele foi eleito o "Rei da Melhor Idade do Mercosul"



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